Algumas
pessoas seguem sua trajetória de vida como se estivessem sozinhas, carregando consigo
fardos demasiadamente pesados.
Não
conseguem dividir problemas, frustrações ou decepções, os quais se acumulam tornando-se
uma carga difícil de suportar.
Talvez
por insegurança, ou pelas várias situações em que sua confiança foi quebrada,
pois ao ser traído, machucado ou decepcionado é trabalhoso voltar a confiar, embora seja extremamente necessário.
Acostumam-se
a viver assim, ainda que a solidão assole o coração e esmague a alma.
Meu
querido irmão, se você se viu através dessas linhas, preciso lhe dizer algo: Deus não quer que viva dessa maneira e deseja lhe fazer
companhia nessa árdua caminhada. ELE desja estar ao seu lado, ser seu melhor
amigo e lhe ajudar em cada situação.
Por meio de JESUS lhe deu, além de um Salvador, um AMIGO FIEL que SEMPRE estará com você. CRISTO não é alguém que fica olhando de longe,
mas o acompanha de perto. A bíblia diz que ELE é “Deus Conosco”. (Mateus 1: 23)
Não
importa quem você é, a cor da sua pele ou sua posição social, porque ELE não faz acepção de pessoas. (Atos
10:34)
Se
você acredita que a bíblia contém as verdades de Deus e, portanto, JESUS é
verdadeiramente “Deus Conosco”, pode
agora contar a ELE seus problemas por meio da oração, como alguém que conversa com
seu amigo.
DEUS CONOSCO significa que em
momento algum você está sozinho, pois o TODO
PODEROSO, criador do universo se importa com tua alma.
O
mundo quer lhe iludir, afirmando que Deus é inalcançável, mas a bíblia, em oposição, diz que Deus está
com você, que ELE habita em você. Então, qual deles ouvirá?
Peça
a CRISTO que lhe mostre SUA graça e verá o quanto Deus é MARAVILHOSO!
Estive
lendo mais um dos sermões de Charles
H.Spurgeon e decidi compartilhar alguns trechos.
O
desejo do meu coração é que traga edificação para a sua vida e que o Santo
Espírito de Deus fale poderosamente ao seu coração!
Deus Conosco –
Charles H.Spurgeon
Sermão
pregado na manhã de Domingo 26 de Dezembro de 1875 por Charles Haddon Spurgeon no Tabernáculo Metropolitano, Newington,
Londres.
“E chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, que traduzido é:
Deus conosco.” (Mateus 1: 23)
Essa
palavra, “traduzido,” é uma doce saudação para meu ouvido. Por que é necessário
que a palavra em hebraico “Emanuel,” seja traduzida?
Para
mostrar que se refere também a nós, os gentios.
Cristo
não é unicamente o Salvador dos judeus, mas o é dos gentios também.
“Traduzido” significa que diferentes nações estão envolvidas.
Temos
o texto expresso primeiro em hebraico “Emanuel,” e logo é traduzido para a
língua gentia, “Deus conosco;” “sendo interpretado,” para que saibamos
que somos convidados, bem-vindos, que Deus viu nossas necessidades e proveu-as,
e que agora podemos vir livremente, inclusive nós, que éramos pecadores pertencentes
aos gentis, distanciados de Deus.
Nosso
texto fala de um dos nomes do nosso Senhor Jesus. Diz, “E chamá-lo-ão pelo nome
de Emanuel.”
Naquele
tempo os nomes significavam algo. Aqueles que aparecem na Escritura, como uma
regra geral, contém um ensinamento, e este é o caso especial de cada nome
atribuído ao Senhor Jesus. Em relação a Ele, os nomes indicam coisas. “E se chamará o seu nome:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe
da Paz,” porque realmente Ele
é todas essas coisas. Seu nome é chamado Jesus, mas não sem um motivo.
Com qualquer outro nome, Jesus não seria tão doce, pois nenhum outro nome poderia
descrever adequadamente Sua grandiosa obra de salvar Seu povo de seus pecados.
Quando é dito d’Ele, que é chamado isto ou aquilo, significa realmente que o é.
Não
identifico que Seus apóstolos ou discípulos O chamem literalmente com esse nome;
mas descobrimos que de fato todos eles o fazem, pois falam d’Ele como “Deus manifestado
em carne,” e dizem, “E o Verbo se fez carne,
e habitou entre nós – e vimos a sua glória, como
do unigênito do Pai cheio de graça e de verdade.” (João 1: 14) Eles
não usam exatamente essa palavra especifica, mas a interpretam com frequência e
nos fornecem traduções livres e instrutivas, quando proclamam o sentido do título
e nos informam de diversas maneiras o significado de Deus conosco na pessoa do
Senhor Jesus. É um glorioso fato da mais
alta importância, que devido a Cristo ter nascido no mundo, Deus está conosco.
Pode
ser que nunca entendamos plenamente como Deus e o homem possam unir-se em uma pessoa,
pois quem pode encontrar a Deus mediante investigação?
Estes
grandes mistérios da piedade, estas coisas que representam “ainda as profundezas de Deus,” estão além de nossa medida: nosso pequeno
barquinho poderia perder-se se nos aventurássemos tão longe neste vasto e
infinito oceano, como para perder de vista a costa da verdade claramente
revelada. Que permaneça como assunto de fé que Jesus Cristo “o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente,” “e sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder.” (Hebreus 1:3) não era um anjo; o apóstolo o demonstrou
abundantemente no primeiro e segundo capítulos da Epístola aos Hebreus que não
poderia ter sido um, pois a Ele são dispensadas honras que nunca foram reconhecidas
aos anjos.
Ele
não era uma divindade subordinada, ou um ser elevado à Deidade, como alguns supõe
absurdamente. Todas estas coisas não são verdades; Ele tão certamente foi Deus
como só Deus pode sê-lo. Um
com o Pai e o sempre bendito Espírito. Se assim não fosse, não somente a grande
fortaleza de nossa fé desapareceria, como também, relativamente a este texto,
sua doçura se evaporaria completamente. A própria essência e glória da encarnação
é que Ele é Deus que foi coberto com o véu de carne humana: se houvesse sido
qualquer outro ser que viesse a nós em carne humana, não se veria nada notável
nele, nem, certamente, nada que nos consolasse.
“Deus conosco”
é um raro deleite, tudo o que “Deus” significa: a Deidade,
o infinito Jeová. Os homens que entenderam isso, não consideraram
valiosas suas vidas por causa do Deus encarnado; e isto,
meus irmãos, nos dia de hoje é digno de seus melhores esforços para
difundir as boas novas e digno de uma vida santa para demonstrar
seu poder consolador.
Aqui
temos a primeira verdade de nossa fé: Deus se manifestou em carne.” (1 Timóteo 3:16) Ele que nasceu em Belém e é “Deus conosco.”
“Deus conosco”
nos inspira esperança e confiança.
Primeiro, admiremos esta verdade; em seguida, consideremo-la com maior acuidade; e depois disso, esforcemo-nos pessoalmente para fazê-la nossa.
Deus
o Infinito, uma vez morou no frágil corpo de um menino, e acampou na forma
sofredora de um homem humilde. “Deus estava em Cristo.” “Se despojou a si mesmo, tomando forma de servo, feito à semelhança de homens“. (2 Coríntios 5:19)
Observe
em primeiro lugar, a maravilha da condescendência contida neste feito, que Deus, que fez todas as coisas, Aquele que existe por Si mesmo se uniu ao ser dependente e subordinado, e que o
Todo Poderoso se vinculou ao fraco e ao mortal.
Recorde
que na pessoa de Cristo a humanidade não era meramente espírito vivificante,
mas também carne e sangue que sofria, que padeceu fome, e que morreu.
Oh,
vocês que são pecadores, que tremem ao pensar na ira divina, vocês podem
levantar suas cabeças com jubilosa esperança de misericórdia e favor, pois Deus
está cheio de graça e misericórdia para com essa raça que distingue de tal
maneira acima de todas as demais, tomando-a em união com Ele. Tenham ânimo, oh
homens nascidos de mulher, e esperem bênçãos inenarráveis “Porque um menino nos nasceu, um
filho se nos deu“. (Isaias 9:6)
Rogo
a vocês que mantenham seu olhar de admiração, e contemplem Deus conosco uma vez
mais, como uma garantia de nossa liberação. Somos uma raça
caída, estamos afundados no lodo, vendidos sob o pecado, em servidão e
escravidão sob Satanás; mas Deus veio a nós, e desposou sua natureza, então somos
levantados de nossa queda, não pode ser possível que as portas do inferno encerrem
aqueles que têm a Deus com eles. Escravos sob o pecado e servos da lei, ouçam a
trombeta do Jubileu, pois Ele veio entre vocês, nascido de mulher e sob a lei,
que é Deus Poderoso, dado como garantia para livrá-los.
Jesus,
que desce do céu, é a garantia que levará Seu povo ao céu, e Sua adoção de nossa
natureza é o selo de que seremos elevados a Seu trono.
Se
é “Deus conosco,” e Deus em verdade tomou a condição humana
para uni-la a Ele mesmo, então toquemos “os sinos da glória” e alegremo-nos pois
virão dias mais brilhantes e felizes; deve haver salvação para o homem e glória
para Deus. Aqueçamo-nos sob os raios do Sol da Justiça, que saiu agora para
nós, uma luz que ilumina os gentios, e que seja a glória de Seu povo Israel.
Isso
fala da vida espiritual do homem, quando Cristo vem a Ele, e se forma nele a esperança
de glória. Deus tem comunhão com o homem, e o homem volta a Deus, e recebe outra
vez a imagem divina como no princípio.
Emanuel
significa primeiro, que Deus em Cristo está conosco em uma associação muito próxima.
A
partícula grega utilizada aqui é muito vigorosa e expressa a forma mais forte de
“com“. Não é
simplesmente “em nossa companhia” como o expressaria outra palavra grega, mas
“com” “juntamente com” e “compartilhando com”. Esta preposição é um parafuso
apertado, um vínculo firme, que implica, se não é que declara, uma comunhão íntima.
Deus está íntima e peculiarmente “conosco.” Agora, pensem por
um momento, e verão que Deus, por meio de um fato real, se aproximou de nós em
uma íntima associação.
Não
pensem que Ele é um homem deificado, nem tão pouco devem considerá-lo um Deus
humanizado, ou um semideus. Não confundam as naturezas nem dividam a pessoa:
Ele é somente uma pessoa, contudo, é homem verdadeiro como também é Deus
verdadeiro.
Estando
conosco em nossa natureza, Deus esteve conosco em toda a peregrinação de nossa vida.
Desde
a porta de entrada até a porta que fecha o caminho da vida, as pegadas de Jesus
podem distinguir-se. Estiveste no berço? Ele esteve. Foste um filho sob a
autoridade dos pais? Cristo também foi um menino na casa de Nazaré. Entraste na
batalha da vida? Teu Deus e Senhor fez o mesmo; e ainda que não tenha alcançado
a velhice, através do trabalho pesado e incessante e do sofrimento, mostrava o
semblante abatido que acompanha a velhice cansada. Estás só? Ele também esteve,
no deserto, na ladeira do monte e na tenebrosidade do jardim. Te misturas em
círculos públicos? Ele também trabalhou no meio das densas turbas. Onde
poderias encontrar-te, no cume do monte, ou no vale, na terra ou no mar, à luz
do dia ou na escuridão, onde, pergunto, podes estar sem descobrir que Jesus
esteve ali antes de ti?
Dois
crentes podem ser muito diferentes entre si, e, no entanto, ambos descobrirão
que a vida de Cristo contém pontos similares com suas próprias vidas. Em todos
os pontos Ele foi feito semelhante a Seus irmãos. Quão encantador é o fato que nosso Senhor é “Deus conosco,” não aqui ou ali, e de vez em quando, mas eternamente.
Isto se destaca de
maneira especial e doce, quando é “Deus conosco” em nossas aflições. Não
há dor que rasgue o coração, e me atreveria a
acrescentar que não há nenhum mal que afete o corpo, nos quais
Jesus não tenha estado conosco em tudo. Sentes as aflições da
pobreza? Ele “não tinha onde recostar a cabeça.” Estás triste pelas
aflições do luto? Jesus “chorou” junto à tumba de
Lázaro. Foste caluniado por causa da justiça, e a calúnia tem
atormentado seu espírito? Ele disse: “Afrontas me quebrantaram o coração.” Foste traído? Não
esqueças que o amigo de Jesus o vendeu pelo preço de um escravo. Em quais mares
de tormenta foste sacudido que não tenham rugido ao redor de
Seu barco? Não haverá nenhum vale estreito de adversidade tão
negro, tão profundo, sem possibilidade aparente de poder ser
atravessado, que não descubras as pegadas do Crucificado ao olhares
com atenção. Nos fogos
e nos rios, na noite fria e sob o sol ardente, Ele clama: “Estou contigo. Não desmaies, pois Eu sou teu companheiro, o teu Deus.”
É
misteriosamente certo que quando vocês e eu nos aproximemos da cena final, da
cena que fecha, descobriremos que Emanuel esteve aí. Ele sentiu as dores
e angústias da morte, e suportou o suor sangrento da agonia e a
sede agonizante da febre. Ele conheceu a separação entre o espírito torturado e
a carne lânguida, e clamou, como nós o faremos: “Pai em tuas mãos entrego meu espírito.”(Lucas 23:46)
Seremos
levantados em Sua semelhança e nossos olhos verão o Deus encarnado. “Porque eu sei que meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra; E depois de consumida a minha pele, contudo
ainda em minha carne verei a Deus.”(Jó 19:25) “Deus conosco.” Eu em minha carne O verei como o homem, o
Deus. E assim, por toda a eternidade Ele manterá a mais íntima associação
conosco. Enquanto os anos passam, Ele será “Deus conosco.” Ele não disse,
“Porque eu vivo, vós também vivereis”? Tanto Sua vida humana como Sua vida
divina permanecerão para sempre, e o mesmo durará nossa vida. Ele habitará
entre nós e nos conduzirá a fontes de águas vivas, e assim estaremos para
sempre com o Senhor.
Deus em Cristo é
conosco com a maior proximidade possível.
Mas,
em segundo lugar, Deus em Cristo é conosco na reconciliação mais plena.
Houve
um tempo em que estivemos afastados de Deus; estávamos sem Deus, em inimizade com
Ele por nossas obras ímpias, e Deus também estava distante de nós em razão da
natural retidão de caráter que lança a iniquidade para longe d’Ele. Ele tem os
mais puros olhos que não podem contemplar a iniquidade, nem o mal pode morar
com Ele. Essa estrita justiça que governa o mundo exige que Ele esconda Seu
rosto de uma geração pecadora.
Mas
agora, o pecado que nos separava de Deus foi eliminado pelo bendito sacrifício
de Cristo sobre o madeiro, e a justiça, cuja ausência criou um golfo entre o
homem injusto e o justo Deus, essa justiça foi encontrada, pois Jesus trouxe
justiça eterna. Portanto agora, em Jesus, Deus é conosco, reconciliado conosco,
e o pecado que motivou Sua ira, foi eliminado para sempre de Seu povo.
Eu
pelo menos não cessarei de dizer: “Graças
te dou, ó Senhor, porque, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou,
e tu me consolas.” Deus pode agora estar com o homem, e abraçar os
pecadores como Seus filhos, o que não poderia ter feito com justiça se Jesus
não houvesse morrido.
Deus em Cristo é conosco em bendita comunicação. Ou seja, agora Ele
se aproximou tanto de nós que entrou em intercâmbio conosco por
meio de uma conversa sagrada. Agora Ele nos fala e fala
em nós. Ele nos falou nestes últimos dias por Seu Filho e pelo
Espírito Divino com a suave e delicada voz da advertência, da consolação, da
instrução, e da direção.
Agora, como Enoque,
vocês “caminham com Deus,” e, como Abraão, falam com Ele como um
homem fala com seu amigo. O que são suas orações
e louvores senão a forma de comunicação que permite sua aproximação com o
Altíssimo?
E Ele lhes responde quando Seu Espírito sela a promessa ou aplica o preceito, quando
com luz fresca lhes instrui na doutrina ou lhes concede uma confiança maior em
relação a boas coisas futuras. Oh, sim,
Deus está conosco agora, de tal forma que quando Ele clama: “Buscai minha face,” nosso coração Lhe
responde: “Tua face buscarei, oh Senhor.”
Em
cada santa ordenança, em cada ato sagrado de adoração, agora vemos que há uma
porta aberta no céu e um novo e vivo caminho pelo qual chegamos ao trono da
graça. Por acaso não é esta uma alegria maior do que todas as riquezas da terra
poderiam comprar?
“Deus conosco,”
é a inscrição em nosso estandarte real, que enche de terror o coração do
inimigo e alegra os exércitos dos escolhidos de Deus. Por acaso não é este
nosso grito de guerra: “O Senhor dos Exércitos
está conosco. O Deus de Jacó
é o nosso refúgio.“? E quanto a nossos inimigos
internos, Deus está conosco para dominar nossas corrupções e debilidades; e
sobre os adversários externos, Deus está com Sua igreja, e Cristo prometeu que
estará sempre com ela “até o fim do mundo.” Não somente contamos
com a palavra e as promessas de Deus, mas temos visto Seus atos de graça a
nosso favor, tanto em Sua providência como na obra de Seu bendito Espírito. “Jeová desnudou seu
santo braço diante dos olhos de todas as nações.” (Isaias 52:10)
Como podemos estar
intimidados quando o Senhor dos Exércitos está do nosso lado?
Não se trata tampouco
que Deus esteja conosco simplesmente em atos de poder a nosso favor, mas em
emanações de Sua própria vida em nossa natureza pelas quais somos primeiro
nascidos de novo, e logo sustentados na vida espiritual. Isto é ainda mais maravilhoso.
Pelo Espírito Santo, a divina semente que “Vive e permanece para sempre” é semeada em nossas almas, e dia após dia somos fortalecidos com poder por Seu Espírito no homem interior.
E isto não é tudo,
pois como obra prima da graça, o Senhor, por Seu Espírito, mora em Seu povo.
Agora
é “Deus conosco” certamente, porque Deus habita em nós. “Ou ignorais que vosso corpo
é templo do Espírito Santo?” (1 Coríntios 6:19) “Como Deus disse: habitarei e
andarei entre eles, e serei seu Deus, e eles serão meu povo.”( 2 Coríntios 6:16)
Deus
se converte em “Deus conosco” pela restauração de Sua
imagem em nós. “Deus conosco”
significa santificação, a imagem de Jesus Cristo impressa em todos os Seus
irmãos.
Deus é conosco na mais profunda identificação. Irmãos, vocês se encontram em aflição? Deus,
em Cristo, é compassivo com sua dor. Vocês têm um objetivo grandioso? Eu sei
qual é: é a glória de Deus; nisso se identificam com Deus, e Deus com vocês. Permitam-me perguntar-lhes:
qual é sua maior alegria? Não aprenderam a regozijar-se no Senhor? Não se
alegram em Deus por Jesus Cristo? Então Deus se alegra também em vocês. Ele
descansa em seu amor, e se regozija em vocês com cânticos, de tal maneira que
Deus é conosco em um sentido muito maravilhoso e por meio de Jesus Cristo, nossas
metas e desejos são semelhantes aos de Deus. Desejamos o mesmo, nos esforçamos
pelo mesmo objetivo, e regozijamos nos mesmos objetos de deleite.
Quando
o Senhor diz: “Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo,” nosso coração
responde: “Ai, e nós também temos prazer n’Ele.” O agrado do Pai é o
agrado de Seus próprios filhos escolhidos, pois nós também nos
alegramos em Cristo; nossa própria alma se alvoroça ao som de Seu
nome.
Então,
se Jesus Cristo é “Deus conosco,” vamos a Deus sem perguntar nem duvidar. Quem quer que você seja, não necessita de
um sacerdote ou intercessor para que o apresentem a Deus, pois o próprio Deus
se apresentou a você.
Não tenhas medo de aproximar-te
do manso Jesus.
Não imagines que necessitas estar preparado para uma audiência com ele, ou que necessitas
da intercessão de um santo, ou a intervenção de um sacerdote ou de um ministro.
Qualquer pessoa poderia ter se aproximado
do bebê em Belém.
Jesus é o amigo de
cada um de nós, independentemente de quão pecadores e indignos sejamos. Vocês, os pobres, não
devem temer vir, pois, vejam, Ele nasceu em um estábulo, e teve por berço uma
manjedoura.
Não
fiquem com medo de não serem dignos; os pastores vieram a Ele com todo o seu desalinho.
Não leio que eles tenham demorado para vestir suas melhores roupas, mas que com
as roupas com que se cobriam nessa fria noite, se apressaram, tal como estavam,
para ir à presença do bebê. Deus não olha roupas, mas os corações, e aceita os
homens quando vêm a Ele com espíritos dispostos, independente se são ricos ou
pobres. Venham, então; venham e sejam bem-vindos,
pois Deus certamente é “Deus conosco“.
Ele
mesmo veio aqui para nascer de uma mulher e poder reunir-se contigo que
nasceste de uma mulher também, e salvar-te de teu pecado. Por acaso não
prestarás atenção agora que fala por meio de Seu Filho?
Que
melhor embaixador você pode desejar? Esta embaixada de paz é enviada de maneira
tão terna, tão bondosa, tão amável, tão comovedora, que seguramente não poderá
ter o coração de resisti-la. Não, não vá, que teus ouvidos não rejeitem a
linguagem de Sua graça, mas diga: “se Deus é conosco, nós seremos com Ele.”
Diga, pecador: “Me levantarei e irei até o meu pai, e lhe direi: Pai pequei contra ti.”(Lucas 15:18)
Não
te desprezes a ti mesmo, oh homem, és muito valioso para depois de tudo, servir
de alimento ao verme que nunca morrerá, e alimentar o fogo que nunca se
apagará. Volta-te para o teu Deus com pleno propósito de coração, e descobrirás
que te espera um grandioso destino.
Sejamos com Deus visto que Deus é conosco.
Não
digam: “não podemos fazer nada.” Quem são vocês que não podem fazer nada?
Deus é com vocês. Não digam: “a igreja é fraca e atravessa tempos
maus,” não, “Deus é conosco.” Necessitamos
do valor daqueles antigos
soldados que estavam dispostos a considerar as dificuldades
unicamente como pedra para afiar suas espadas.
Diante
do mandamento de Deus, o cristão pode fazer o possível e o impossível, Deus
faz, pois é conosco. Por acaso não creem
que as palavras, “Deus conosco,” eliminam da
existência a impossibilidade? Os corações que de nenhuma outra maneira poderiam
ser quebrantados, serão quebrantados se Deus é conosco. Erros que não poderiam
ser refutados de nenhuma outra maneira podem ser eliminados porque “Deus é conosco.” As coisas impossíveis
aos homens, são possíveis a Deus. John
Wesley morreu com isso em sua língua, e vivamos com isto em nossos corações: “o melhor de tudo é Deus
conosco.”
Deus
abençoe sua vida!