quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A verdadeira FÉ!

Os quais pela fé... alcançaram promessas... (Hebreus 11: 33)
Existe uma certeza cujo efeito é tremendo no Reino de Deus, a fé. Ela é capaz de mover o coração de Deus.
A fé determina confiança e produz certeza no coração do homem.
A bíblia relata que Deus se alegra quando encontra fé no coração do homem, e afirma que “Sem fé é impossível agradar a Deus.” (Hebreus 11:6).
A verdadeira fé não se abala durantes as tempestades da vida, mas permanece firme e constante.
Em certas situações é difícil vivenciar essa afirmação, não é mesmo?
Quantas vezes sua fé oscilou, ou pareceu ter enfraquecido em meio às lutas?  
Lembre-se: “Sem fé é impossível agradar a Deus.” Hebreus 11:6.
E se não agradar a Deus, terá fracassado no principal propósito de sua vida.
Você se considera autossuficiente ou consegue perceber sua fragilidade?
Tem depositado sua confiança na força do seu braço ou derramado sua alma aos pés do Senhor?
Algumas escolhas determinam nosso destino aqui nessa vida, como também na vindoura. Olhe para dentro de si mesmo e faça uma autoanalise: Qual a qualidade de sua fé? Se estiver fraca, Cristo pode lhe ajudar a aumenta-la. Ele pode realizar muito além do que você e eu podemos imaginar.
Gostaria de compartilhar alguns trechos do sermão intitulado: Fé, de Charles H.Spurgeon.
Ele nos ajuda a entender algumas coisas que precisamos aprender.
Algumas vezes achamos que nossa fé é suficiente, mas quando nos deparamos com nossas limitações, percebemos o quanto precisamos melhorar...Segue abaixo trechos desse maravilhoso sermão:

Fé, de Charles H.Spurgeon
Sermão pregado na manhã de domingo, 14 de dezembro de 1856,
Por Charles Haddon Spurgeon,
No Music Hall, Royal Surrey Gardens.
“Sem fé é impossível agradar a Deus.” Hebreus 11:6.

O fim principal do homem nesta vida e na vindoura, assim cremos, é agradar a Deus, seu Criador. Se um homem agrada a Deus, faz o que mais lhe convém para seu bem-estar temporal e eterno. O homem não pode agradar a Deus sem atrair para si muita felicidade, pois se alguém agrada a Deus, é porque Deus o aceita como seu filho.
Se estivermos certos de que quando declaramos que agradar a Deus é ser feliz, então a única pergunta importante é: “Como posso agradar a Deus?” E há algo muito solene no
que diz nosso texto: “Sem fé, é impossível agradar a Deus.”
Ou seja, você pode fazer o que quiser, esforçar-se tanto quanto puder, viver da maneira mais excelente que quiser, apresentar os sacrifícios que desejar, distinguir-se como puder em tudo aquilo que é honrável e de boa reputação; contudo, nada disso pode ser agradável a Deus, a menos que leve o ingrediente da fé. Como disse o Senhor aos judeus: “Em toda oferenda, oferecerás sal”, assim Ele diz a nós: “Em tudo o que fazes, deves trazer fé, pois do contrário, sem fé é impossível agradar a Deus.”
Nunca haverá uma oferta aceitável que não esteja temperada com a fé.
O que é a fé?
Os antigos escritores nos dizem que a fé se compõe de três elementos: conhecimento, aceitação e confiança, ou seja, apropriar-se do conhecimento ao qual lhe damos nossa aceitação e o fazemos ao confiar nEle.
O primeiro elemento da fé é o conhecimento. Um homem não pode crer no que não conhece.
É inútil que um homem afirme: “Sou crente” e, contudo, não saiba em que crê.
Se ele diz “Eu creio” e não sabe no que crê, como isso pode ser essa uma fé verdadeira?
Deve existir certo grau de conhecimento antes que possa haver fé. “Esquadrinhas as Escrituras”, pois, “porque nelas julgais ter vida eterna; e são elas que dão testemunho de Cristo.
Mas um homem pode saber algo, e, contudo pode não ter fé. Pode saber algo e não crer. Por conseguinte, o consentimento deve acompanhar a fé; isto é, devemos crer no que conhecemos e ter a certeza que é a verdade de Deus. Agora, para ter fé, não basta só que eu leia as Escrituras e as entenda, mas devo recebê-las em minha alma como a própria verdade do Deus vivente. E com devoção e com todo meu coração devo receber todas as Escrituras como inspiradas pelo Altíssimo, contendo toda a doutrina que Ele requer que eu creia para minha salvação.
Todo aquele que quer ser salvo deve conhecer as Escrituras e dar-lhe seu total consentimento.
Mas um homem pode ter tudo isto e, contudo, não ter a fé verdadeira. Pois o essencial da fé está no terceiro elemento, ou seja, na confiança na Verdade. Não somente em crer nela, mas em fazê-la nossa e descansar nela para nossa salvação.
A fé verdadeira, em sua essência se baseia nisto: em apoiar-se em Cristo. Não me salvará somente saber que Cristo é um Salvador. Mas me salvará se confio nEle para que seja meu Salvador.
Serei salvo quando fizer dessa expiação minha confiança, meu refúgio e meu tudo. A essência da fé está nisto: colocar-se sobre a promessa.
Exemplificando: Suponhamos que no aposento mais alto de uma casa está acontecendo um incêndio. As pessoas se amontoam na rua. Uma pessoa se encontra na habitação que está em chamas. Como escapará? Não pode saltar para baixo pois morreria de imediato. Um homem forte exclama: “Salta em meus braços!” Uma parte da fé é crer que o homem está ali, e outra parte da fé é crer que o homem é suficientemente forte para segurá-lo. Mas a essência da fé está em atirar-se nos braços deste homem. Essa é a prova da fé e sua verdadeira essência. Esta é a fé que salva.
A fé é a graça que submete o pecador e não há nada que possa fazer com que um homem se humilhe sem fé.
Agora, a menos que uma pessoa se humilhe, seu sacrifício não pode ser aceito.
Devemos ir até Cristo de joelhos. Pois ainda que Cristo seja uma porta suficientemente grande para que o maior dos pecadores possa entrar, Ele é uma porta tão baixa que os homens precisam se inclinar, caso queiram ser salvos. Por isso a fé é necessária, pois a incredulidade é uma evidência certa de falta de humildade.
A fé é necessária para a salvação porque a Escritura nos ensina que as obras não podem salvar.
É Cristo e somente Cristo quem pode abrir a porta do céu para você. Não suas boas obras.”
“São por acaso inúteis nossas boas obras?”
“Não, não depois da fé”. Se você primeiramente crê, poderá ter tantas obras como queira. Mas se você crê, nunca confiará nelas. Pois se confiar nas boas obras, já as teria corrompido e não serão mais boas obras. Tenha tantas boas obras quanto desejar, mas deposite sua confiança em nosso Senhor Jesus Cristo. Se não fizer assim, sua chave nunca abrirá a porta do Céu.”
Sem fé é impossível serem salvos e agradar a Deus, porque sem fé não há união com Cristo. E a união com Cristo é indispensável para nossa salvação. Se eu chego diante do Trono de Deus com minhas orações, elas nunca serão respondidas, a menos que leve a Cristo comigo.
Deus não negará nada ao homem que anda de braço dado com Cristo.
A união com Cristo é o essencial.
Sem fé é impossível agradar a Deus.” Porque sem fé é impossível perseverar na
santidade. Se você é um verdadeiro cristão, um seguidor de Jesus, que assim o diga e sustente sua fé e palavra. Não há razão de envergonhar-se disso. A única coisa que devemos nos envergonhar é da hipocrisia. Sejamos honestos quando professamos nossas crenças e isto será nossa glória. Uma vez, um americano que possuía escravos, na ocasião da compra de mais um, perguntou ao vendedor: “Diga-me honestamente quais são seus defeitos.” O vendedor respondeu: “Não tem nenhum defeito, que eu saiba, exceto um, e esse defeito é que ele ora.” “Ah!”, exclamou o comprador, “isso não me agrada, mas sei de algo que o curará logo desse mal”. Então, na noite seguinte, Cuffey (assim se chamava o escravo) foi surpreendido na plantação por seu novo amo enquanto orava pedindo por seu novo dono, sua esposa e família. O homem escutou a oração e na hora não disse nada. Mas, na manhã seguinte chamou Cuffey e disse-lhe: “Não quero discutir contigo homem, mas não aceitarei orações em minha propriedade. Então, abandone esta prática.” “Meu amo,” respondeu o escravo, “não posso deixar de orar”. Eu devo orar sempre.” “Se insistes em orar, te ensinarei a fazê-lo.” “Meu amo, devo continuar fazendo isto.” “Bem, então te darei vinte e cinco açoites por dia, até que deixe de fazer isto.” “Meu amo, ainda que me açoites cinquenta vezes, devo orar.” “Pois, por causa de toda insolência que responde ao seu amo, receberá os açoites de imediato.” Então, amarrando-o, lhe deu vinte e cinco açoites e perguntou se iria orar de novo. “Sim, meu amo, devemos orar sempre, não podemos deixar de orar.” O amo o olhou para ele assombrado. Não podia entender como um pobre homem poderia continuar orando, quando não parecia fazer-lhe nenhum bem e só lhe trazia perseguição. O senhor contou á sua esposa o que aconteceu. Sua esposa lhe disse: “por que não permites que o pobre homem ore? Cumpre muito bem com seu trabalho. A você e a mim não nos interessa o tema da oração, mas não há nada de mal em deixá-lo orar, sobretudo, se continua realizando bem seu trabalho.” “Mas a mim não agrada,” respondeu o amo. “Espantei-me tremendamente. Se você tivesse visto como ele me olhava” “Estava com raiva?” “Não, isso não me incomodaria. Mas depois de tê-lo açoitado, me olhou com lágrimas nos olhos como se tivesse mais pena de mim, do que dele mesmo.” Nessa mesma noite o amo não conseguiu dormir. Dava voltas na cama de um lado a outro. Lembrou-se dos seus pecados. Lembrou que havia perseguido a um santo de Deus. Levantando de sua cama, falou: “esposa, podes orar por mim?” “Nunca orei em minha vida,” respondeu ela, “não posso orar por ti.” “Estou perdido,” disse ele, “se alguém não orar por mim. Eu não posso orar por mim mesmo.” “Não conheço ninguém na plantação que saiba orar, exceto Cuffey,” disse a esposa. Fizeram soar a campainha e trouxeram a Cuffey. Tomando a mão de seu escravo, o amo falou: “Cuffey, podes orar por mim?” “Meu amo,” respondeu o escravo, “tenho orado pelo senhor desde que mandou-me açoitar e tenho a intenção de seguir orando sempre pelo senhor.” Cuffey pôs-se de joelhos e derramou sua alma em lágrimas e tanto a esposa como o marido foram convertidos. Este homem não poderia conseguir isto sem fé. Sem fé, não teria sustentado sua decisão, e teria exclamado: “meu amo, neste momento deixo de orar. Odeio os açoites do homem branco.” Mas por causa da perseverança e por sua fé, o Senhor o honrou e deu-lhe a alma de seu amo em recompensa. Querido leitor: você tem fé? Crê no Senhor Jesus Cristo de todo seu coração? Se sua resposta for sim, então pode confiar que está salvo. Quem tem fé, renunciou sua justiça própria. Se você põe um átomo de confiança em si mesmo, não tem nenhuma fé. Se põe uma partícula de confiança em qualquer outra coisa que não seja a obra de Cristo, não tem fé. Se tem fé, então podes dizer – “Nada em minha mãos trago, somente à Cruz me agarro.”        A fé verdadeira pode ser reconhecida por isto: Expressa grande estima pela Pessoa de Cristo. Ama a Cristo? Darias tua vida por Ele? Buscas servi-lo? Ama o povo de Deus? Aquele que tem fé verdadeira, terá também submissão verdadeira. Se um homem diz ter fé e não tem obras, está mentindo. Pois, ainda que não confiemos nas boas obras, sabemos que a fé sempre gera boas obras e gera santidade.
Que o Senhor nos ajude a ter a fé verdadeira!

FONTE
Traduzido de http://www.spurgeon.com.mx/sermon107.html
Todo direito de tradução protegido por lei internacional de domínio
público
Sermão nº107— The Faith do volume 3 do New Park Street Pulpit,
Tradução: Higor Fernando
Revisão e diagramação: Armando Marcos Pinto
Capa: Victor Silva



2 comentários:

  1. Linda história...A vida tem muitos desafios, mas com Jesus Cristo somos mais que vencedores...Exaltado oh Senhor digno de ser louvado😍

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    1. Sim minha querida irmã, em Cristo, somos mais que vencedores sempre!
      Deus abençoe!

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