terça-feira, 18 de julho de 2017

A pedra removida

Se um dia me perguntarem o que é o amor, direi o teu nome JESUS!
A maior, mais pura e verdadeira expressão de amor veio de DEUS quando ofereceu JESUS CRISTO, SEU FILHO amado como cordeiro santo para tirar o pecado do mundo!  (João 1:29)
O PAI enviou SEU FILHO, e o FILHO obedeceu SEU PAI e SE OFERECEU em sacrifício VIVO.
Você tinha muitos motivos para temer: o pecado, a morte, a condenação... Mas o SALVADOR veio para lhe dar esperança e acalmar as aflições de sua alma.
Quais são seus temores? O que aflige seu coração?
A morte é algo que assombra a maioria das pessoas. Para onde eu irei? É o fim de tudo? O que aconteceu com as pessoas que eu amava e que foram levadas pela cruel morte?
São questionamentos que aterrorizam mentes e perturbam o espírito humano.
Porém DEUS, por meio de SUA VIVA expressão de amor, faz a você uma promessa: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)
No sermão A pedra removida,  pregado na manhã de Domingo de 28 de março de 1869, por Charles Haddon Spurgeon, no Tabernáculo Metropolitano, Newington em Londres, o ministro fala sobre a pedra do sepulcro de Jesus que foi removida pelo anjo e seu significado sobre a vida do cristão.
A minha oração é que traga edificação à sua vida! Seguem trechos:

A pedra removida – Charles H.Spurgeon

“E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela.” (Mateus 28:2)

Enquanto as mulheres se dirigiam ao sepulcro na penumbra da manhã, desejosas de embalsamar o corpo de Jesus recordaram que havia uma imensa pedra colocada na entrada da tumba que lhes impediria de entrar, e se perguntavam entre elas: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? (Marcos 16:3) Essa pergunta encerra em si a fúnebre interrogação do universo inteiro: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?‖Existe uma imensa rocha colocada na trilha de felicidade do homem que bloqueia o caminho por completo. Quem, entre os valentes, tirará a barreira?
A pedra da dúvida, da incerteza e a incredulidade, detiveram todo o progresso na subida à imortalidade. Quem poderá alçar essa terrível mola e sacar a vida e a imortalidade à luz?
Os seres humanos – uma geração trás outra – enterraram a seus semelhantes; o sepulcro que a tudo devora tragou a suas miríades de mortos. Quem poderia dar uma esperança mais além da tumba?
Em escuridão e penumbra, com muitos temores e escassas conjecturas sobre a verdade, os homens seguiriam perguntando-se: ―Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?
Os seres humanos tinham o confuso sentimento de que esse mundo não pode ser tudo, que tem que existir outra vida. Tinha que haver, em verdade, uma via de saída do sepulcro.
A pergunta estava sempre importunando o coração: Onde está o libertador predestinado? Onde está, e quem é o que nos removerá a pedra?
A morte mesma era uma pedra gigantesca que não podia ser removida por nenhuma força conhecida pelos mortais: a morte era evidentemente enviada por Deus como um castigo pelas ofensas contra Sua lei. Portanto, como poderia ser apartada, como poderia ser removida?
Tratava-se de uma agonizante pergunta: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? Viverão esses ossos secos? Nos serão restaurados nossos seres queridos que partiram?
As mulheres que amavam o Salvador receberam a resposta. Chegaram ao sepulcro de Cristo, mas esse estava vazio, pois Jesus havia ressuscitado. Aqui está a resposta à pergunta do mundo: há outra vida; os corpos viverão outra vez, pois Jesus vive. Oh Raquel, tu que se lamentas e recusas ser consolada,  “Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o SENHOR, pois eles voltarão da terra do inimigo.” (Jeremias 31:16).

Não se afligem mais os que estão de luto em torno do sepulcro, como os que estão sem esperança; pois como Jesus Cristo ressuscitou, os mortos em Cristo ressuscitarão também. Enxuguem essas lágrimas, pois a tumba do crente já não é mais um lugar para lamentações, mas sim a passagem à imortalidade; não é mais que um armário em que o espírito pendurará suas roupas, cansado depois de sua viagem terrena, para vesti-las de novo em uma manhã mais resplandecente, quando serão brancas e formosas como nenhum lavador teria podido branquear.
A pedra rodada deve ser considerada, de maneira muito evidente, como a porta do sepulcro retirada. A morada da morte estava firmemente assegurada por uma gigantesca pedra; o anjo a retirou, e o Cristo vivente saiu. A imensa porta, vocês observarão, foi removida do sepulcro. Não foi meramente aberta, mas desencaixada, arrastada a um lado, removida, e a partir de então, a antiga prisão da morte ficou desprovida de uma porta. Os santos entram, mas não ficam presos. Ficam ali como em uma caverna aberta, porem não há nada que lhes impeça sair dela a seu devido tempo.
Nosso Senhor, tendo dormido no sepulcro três dias com suas noites, conforme o decreto divino ressuscitou na grandeza de Seu poder, e arrancou as portas de ferro do sepulcro, arrancando cada uma de suas vigas do seu lugar.
A remoção da pedra opressora sinalizava que o Senhor havia exposto essa velha fortaleza da morte e do inferno, deixando-a como uma cidade tomada por assalto e, a partir desse momento, desprovida de poder.
Lembrem que nosso Senhor foi depositado no sepulcro como um refém. “morreu por nossos pecados. Foram-lhe imputados como uma dívida. Ele saldou no madeiro a dívida que tínhamos pendente para com Deus; sofreu até o limite e de maneira substitutiva o que correspondia a nosso sofrimento, e logo foi confinado na tumba, como um refém, até que Sua obra fosse plenamente aceita. Essa aceitação seria notificada a Sua saída do vil cativeiro; e essa saída se converteria em nossa justificação: Foi ressuscitado para nossa justificação. Se Ele não tivesse pago a totalidade da dívida, teria que permanecer no sepulcro. Se Jesus não tivesse feito uma expiação eficaz, total e final, teria que continuar sendo um cativo. Porém, tinha feito tudo. O “Está consumado”, que brotou de Seus próprios lábios, foi estabelecido pelo veredito do SENHOR e Jesus saiu livre.
Observem-No quando ressuscita: não escapa da prisão como um criminoso que escapa da justiça; mas sai com tranquilidade como alguém que cumpriu sua sentença em prisão; ressuscitou, é verdade, por Seu próprio poder, mas não deixou a tumba sem uma permissão sagrada: o oficial celeste da corte do céu é delegado para abrir-lhe a porta, removendo a pedra, e Jesus Cristo, completamente justificado, ressuscita, para demonstrar que todo Seu povo é completamente justificado Nele, e a obra de salvação é perfeita para sempre.
A pedra é removida da porta do sepulcro para mostrar que Jesus fez tão eficazmente a obra, que nada pode nos reter no sepulcro outra vez. O sepulcro foi completamente aniquilado, e eliminado como cárcere, de tal forma que a morte, para os santos, já não é mais um castigo pelo pecado, mas sim uma entrada para o descanso.
Vamos, irmãos, nos alegremos por isso. Na tumba vazia de Cristo vemos que o pecado foi removido para sempre: vemos, portanto, que a morte foi destruída eficientemente. Nossos pecados eram a grande pedra que fechava a boca do sepulcro, e nos retinham cativos na morte, na escuridão e na desesperação. Nossos pecados são agora tirados para sempre, e a morte já não é mais um calabouço, a antessala do inferno, mas é agora uma perfumada alcova, um gabinete, o vestíbulo do céu. Pois, tão certamente como Jesus ressuscitou, Seu povo tem que abandonar os mortos; não existe nada que impeça a ressurreição dos santos. A pedra que podia nos reter em prisão foi removida. Quem poderia prender-nos quando a própria porta desapareceu? Quem poderia nos confinar quando toda a barricada foi suprimida?
Considerem a pedra como um troféu erigido. Como os homens antigos erigiam pedras memoriais, e como erigimos colunas nesses dias para comemorar grandes proezas, assim essa pedra foi removida, por assim dizer, diante dos olhos de nossa fé, e foi consagrada naquele dia como um memorial da vitória eterna de Cristo sobre os poderes da morte e do inferno.
Pensaram que lhe haviam vencido; consideraram que o Crucificado estava derrotado. Sorriam espantosamente, em verdade, quando viram Seu corpo inerte envolto em um lençol e depositado em um sepulcro novo de José; porém, sua alegria foi passageira; suas jactâncias foram breves, pois no momento designado, Aquele, que não devia ver a corrupção, ressuscitou e saiu do domínio da morte. Seu calcanhar foi ferido pela antiga serpente, porém na manhã da ressurreição, Ele esmagou a cabeça da serpente.
Amados irmãos em Cristo, ao olhar aquela pedra, com o anjo sentado sobre ela, se levanta diante de nós um monumento à vitória de Cristo sobre a morte e o inferno, e é conveniente que recordemos que Sua vitória foi obtida em nosso favor, e seus frutos são todos nossos. Nós temos que combater o pecado, mas Cristo o venceu. Nós somos tentados por Satanás: porém Cristo o derrotou . Logo deixaremos esse corpo; a menos que o Senhor venha logo, podemos esperar que encolheremos nossos pés na cama como nossos pais, e nos encontraremos com nosso Deus; porém, a morte é vencida em nosso nome por Cristo, e não temos nenhuma razão para temer.
Animo soldados cristãos, vocês estão enfrentando um inimigo vencido; relembrem que a vitória do Senhor é uma garantia para vocês. Se a Cabeça venceu, os membros não serão derrotados. Não permitam que a aflição ofusque seus olhos; não deixem que os temores perturbem seus espíritos; pois Cristo já venceu por vocês. Lutem diante do conflito, e revigorem-se com a esperança da vitória. Se houvessem visto seu Senhor derrotado, então poderiam esperar que fossem soprados como palha no vento; porém, Ele venceu. O Espírito Santo está em vocês; o próprio Jesus prometeu estar sempre com vocês, até o fim do mundo, e o Deus poderoso é seu refúgio. Vocês vencerão certamente por meio do sangue do Cordeiro. Coloquem essa pedra diante do olho de sua fé nesse dia, e digam: Aqui meu Senhor venceu o inferno e à morte, e em Seu nome e por Sua força, eu serei coroado também, quando o último inimigo for destruído.
Observem que aqui foi posto um cimento. Essa pedra removida do sepulcro, que tipifica e certifica a ressurreição de Jesus Cristo, é o cimento da fé cristã.
Toda nossa esperança gira sobre esse grandioso ato. Se Jesus ressuscitou, então esse Evangelho é o que professa ser.
Abundaram as testemunhas de todas as classes e condições. Nenhuma delas jamais confessou que estava enganada ou equivocada. Estavam tão persuadidas desse fato, que a maioria delas morreu por testemunhá-lo. Não tinham nada a ganhar por dar esse testemunho; não ganharam maior poder ou riquezas; eram homens verazes e de mente simples, que testificavam do que tinham visto, e davam testemunho do que haviam contemplado.
Nós confiamos Nele; cremos Nele. Se não houvesse ressuscitado, seriamos os mais dignos de comiseração de todos os homens por termos sido Seus seguidores. Se não houvesse ressuscitado, Seu sangue não seria eficaz para tirar nosso pecado; porém como Ele ressuscitou, edificamos sobre essa verdade; toda nossa confiança se apoia nisso, e estamos persuadidos que:

“Ressuscitado dentre os mortos, Ele vai adiante;
Ele abre a porta eterna do céu;
Para dar a Seus santos uma mansão bem aventurada
Próxima de seu Redentor e seu Deus.”

Vocês estão colocando toda sua dependência sobre o mérito de Seu sangue, certificado pelo fato de Sua ressurreição? Se é assim, possuem um fundamento de verdade contra o qual as portas do inferno não prevalecerão; porém, se vocês estão edificando sobre qualquer coisa que tenham feito, ou que as mãos sacerdotais poderiam fazer por vocês, estariam construindo sobre a areia que será levada pela corrente que tudo devora. Oh, edifiquem-se sobre a pedra viva que é Cristo Jesus!
Existe provisão de descanso. O anjo parece que nos ensina isso quando se senta sobre a pedra. Quão sossegadamente foi efetuada toda a ressurreição! Quão silenciosamente, também! Que ausência de pompa e de ostentação! O anjo desceu e tirou a pedra, Cristo ressuscitou, e então o anjo se sentou sobre ela. Sentou-se ali silenciosa e airosamente, com ar de desafio aos judeus e ao selo que tinham posto, e aos legionários romanos e suas lanças, à morte, à terra e ao inferno.
Aquele anjo que descansa sobre a pedra nos sussurra suavemente: Venham aqui, e descansem também. Não há descanso mais pleno, certo e seguro para a alma, que no fato de que o Salvador, em quem confiamos, ressuscitou dos mortos.
Vocês hoje guardam luto por amigos que partiram? Oh, vem e sente-se sobre essa pedra, que lhe diz que eles ressuscitarão outra vez. Esperam morrer logo? O verme está na raiz do arbusto? Tem o câncer formado em seu corpo? Oh, vem e sente-se sobre essa pedra, e considera que a morte perdeu agora seu terror, pois Jesus ressuscitou do sepulcro.
O anjo deixará livre seu assento para que se sentem diante do olhar do inimigo. Ainda que seja só uma humilde mulher, ou um homem quebrantado, pálido e abatido, oprimido pelos largos anos de persistente enfermidade, você bem pode desafiar todas as hostes do inferno, enquanto descansa sobre essa preciosa verdade: Não está aqui, mas sim ressuscitou: deixou os mortos, para não morrer mais.”
A pedra é um limite estabelecido. Não o veem? Contemple-o então, ali está, e o anjo está sobre ele. Podem ver, então, que essa pedra se converteu na fronteira entre os vivos e os mortos, entre os buscadores e os aborrecedores, entre os amigos e os inimigos de Cristo. Para Seus inimigos, Sua ressurreição é Pedra de tropeço, e rocha que faz cair, porém para Seu próprio povo, a ressurreição é a pedra angular. A ressurreição de nosso Senhor é nosso triunfo e deleite.
Eu queria que se perguntassem essa manhã, de que lado estão dessa pedra agora. Possuem vida em Cristo? Ressuscitam com Cristo? Confiam unicamente Naquele que ressuscitou dos mortos? Se for assim, não tenham temor: o anjo lhes consola, e Jesus lhes dá ânimos; porém, oh, se não possuem vida em Cristo, se estão mortos enquanto vivem, o mesmo pensamento de que Jesus ressuscitou há de sobrecarregá-los de medo, e fará vocês tremerem, pois bem haveriam de tremer diante daquilo que lhes espera.
Essa pedra também pode ser usada, e muito adequadamente, como prefiguração de ruína.
Nosso Senhor veio a esse mundo para destruir todas as obras do demônio.
Irmãos, essa pedra removida da porta do sepulcro me dá uma gloriosa esperança. O mal é ainda poderoso, mas ele será demolido. A perversidade espiritual ainda reina; a multidão ainda clama atrás do mal; as nações ainda estão imersas em densa escuridão; muitos adoram a mulher de Babilônia vestida de escarlate, outros se inclinam diante de Baal, e milhões se prostram diante de blocos de madeira e pedra; os lugares escuros e as habitações da terra ainda estão cheios de crueldade; porém, Cristo provocou um abalo ao conjunto inteiro do mal  que, podem estar seguros disso, cada pedra com certeza cairá. Só temos que continuar trabalhando, usando o aríete do Evangelho, guardando cada um seu lugar, e como os exércitos ao redor de Jericó, temos que soar a trombeta, e virá o dia em que todo mal será abatido e nivelado ao solo, e se cumprirá a profecia:  “Ao revés, ao revés, ao revés porei aquela coroa, e ela não mais será, até que venha aquele a quem pertence de direito; a ele a darei (Ezequiel 21:27)
Essa pedra separada sobre a que se senta o anjo, é o prognóstico seguro da condenação vindoura de tudo que é vil e ruim.
A mensagem evangélica é ―Ouvi e viverás; ―Inclina teus ouvidos, e vem e Mim. Essa é a mensagem doadora de vida: ―Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo.
Agora escutemos o sermão do anjo em palavras. Unicamente assim o verdadeiro Evangelho é pregado. Cristo é a Palavra, e o Evangelho é de palavras e pensamentos. Não se dirige ao olho; se dirige ao ouvido, ao intelecto e ao coração. É algo espiritual, e só pode ser captado por aqueles cujos espíritos são despertados para compreenderem uma verdade espiritual.
A primeira palavra que o anjo disse foi: ―Não vos assusteis.  Oh, esse é o próprio Espírito do Evangelho de nosso Senhor ressuscitado: ―Não temais. Vocês, que querem ser salvos, vocês, que querem seguir a Cristo, não devem temer. Tremeu a terra? Não tremam: Deus pode preservá-los ainda que a terra arda com fogo. O anjo desceu em terrores? Não temais: não há terrores no céu para o filho de Deus que se aproxima da cruz de Jesus, e confia sua alma Àquele que ali sangrou.
Temerosas mulheres, acaso a escuridão é o que as alarma? Não temais: Deus enxerga no escuro e as ama lá, e não existe nada na escuridão ou na luz que esteja além de Seu controle. Tem medo de ir a uma tumba? O sepulcro as alarma? Não temais: vocês não podem morrer. Posto que Cristo ressuscitou, ainda que morram, viverão.
Não devem temer o passado, pois lhes é perdoado; não temerão o presente, pois está devidamente providenciado; o futuro também está assegurado pelo poder vivente de Jesus. ―Porque que vivo –Ele diz  ―vós também vivereis.
Temes a seus pecados? Todos seus pecados foram apagados, pois Cristo não teria ressuscitado se não o tivesse quitado todos. Qual é seu medo? Se o anjo o ordena: ―Não se assuste porque haveria de temer? Se cada ferida do Salvador ressuscitado, e cada ato de seu Senhor reinante o consolam, por que desfalece ainda? Duvidar, temer e tremer agora que Jesus ressuscitou, é algo inconsistente em qualquer crente. Jesus pode socorrer-lhe em todas suas tentações; vendo que Ele vive para sempre para interceder por você, Ele pode também salvar-lhe perpetuamente: portanto, não se assuste.
Não temam, pois Deus sabe o que há em seu coração. Nunca confessou sua ansiedade sobre sua alma, pois é muito tímido para isso; nem sequer chegou tão longe para atrever-se a dizer que espera amar a Jesus; porém, Deus conhece seus desejos.
Pobre coração, você sente como se não pudesse confiar, como se não pudesse fazer nada que seja bom; porém, ao menos o deseja, ao menos o busca. Tudo isso Deus o sabe; com prazer espia seus desejos. Por acaso isso não lhe consola: esse fato grandioso do conhecimento de Deus? Eu não poderia ler o que existe em seu espírito e, talvez, nem você mesmo poderia dizer-me o que existe ai. Se fosse tentado, dir-se-ia depois de tê-lo feito: ―bem, não lhe disse exatamente o que sentia, perdi o consolo que pude ter recebido, pois não pude explicar meu caso.
Porém, existe Alguém que trata contigo, e sabe exatamente onde radica sua dificuldade, e qual é a causa de sua presente aflição. ―Não tenha medo, pois seu Pai celestial conhece sua dificuldade. Fique tranquilo, pobre paciente, pois o cirurgião sabe onde está a ferida, e o que lhe está afetando. Silêncio, meu filho, fique quieto apoiado sobre o peito do grandioso Pai, pois Ele sabe tudo; e, acaso isso não deveria lhe contentar, já que Seu cuidado é tão infinito como Seus conhecimentos?
Eu estou seguro de que às vezes sinto, quando olho a meu próprio coração, como se não tivesse parte nem porção no assunto, e como se não pudera reclamar interesse algum no Amado; porém, sei que não me envergonho de ser exposto a vergonha por Ele; e se fosse acusado de ser um fanático e um entusiasta de Sua causa, consideraria a mais elevada honra reconhecer-me culpado de uma imputação tão bem aventurada por Sua amada causa. Se esse fora, em verdade, a linguagem de nossos corações, podemos recobrar ânimo. ―Não tenham medo, pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado.
Logo acrescenta: ―Ele não está aqui, porque já ressuscitou (Mateus 28:6). Essa é a instrução que o anjo dá. Depois de dar consolo, dá a instrução. A firme base e a razão de consolação que lhe proporciona, é que não buscas a um Cristo morto, e não pedes a um Salvador enterrado; Ele está realmente vivo. Ele é tão capaz de lhe aliviar hoje, se pedir em oração, como o era para ajudar ao pobre cego quando Ele estava na terra. Ele está tão disposto hoje a aceitar-lhe e receber-lhe, como o estava para abençoar o leproso, ou sarar o paralítico. Vá a Ele de imediato, entregue-se a Ele com santa confiança, pois Ele não está aqui mas  ressuscitou, vive e reina para responder sua petição.
Agora, se alguém foi consolado pelo pensamento de que Cristo vive para salvar, que faça como o anjo disse, que vá e conte a outros as boas novas que escutou. Esse é o grandioso meio de propagar nossa santa fé: que todos aqueles que se inteiraram dela, a ensinem.
Oh, vocês, que se inteiraram sobre Jesus, não guardem a bênção somente para si. Hoje, de uma maneira ou outra, lhes rogo que deem a conhecer que Jesus ressuscitou.
Essa é a essência do Evangelho, que Jesus Cristo morreu por nossos pecados, e ressuscitou outra vez no terceiro dia, de acordo as Escrituras; morreu como substituto nosso, criminosos, e ressuscitou como representante nosso, pecadores perdoados; morreu para que nossos pecados pudessem morrer, e vive de novo para que nossas almas possam viver. Convidem diligentemente a outros virem a Jesus e a confiar Nele. Digam-lhes que há vida para os mortos em um olhar a Jesus crucificado; digam-lhes que esse olhar é um assunto da alma, é uma confiança simples; digam-lhes que ninguém jamais confiou em Cristo e foi rejeitado; digam-lhes o que sentiram como resultado de sua confiança em Jesus, e que muitos discípulos podem ser agregados a Sua igreja.

Deus abençoe sua vida!

FONTE
Traduzido de http://www.spurgeon.com.mx/sermon863.html
Todo direito de tradução protegido por lei internacional de domínio público
Sermão nº 863— THE STONE ROLLED AWAY- do volume 15 do The Metropolitan Tabernacle Pulpit,
Tradução e revisão: Armando Marcos Pinto
Projeto Spurgeon - Proclamando a CRISTO crucificado.
www.projetospurgeon.com.br
@ProjetoSpurgeon





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