segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O verdadeiro arrependimento!

Você sabe qual é o significado de arrependimento?
Segundo uma das definições descritas pelo dicionário Priberam, arrependimento significa: “Mudar de intenção ou de ideia.
Você já deve ter agido por impulso, ou consciente e posteriormente sentiu-se arrependido.
Esse sentimento é importante, pois  determina  o primeiro passo na direção correta, mas ele precisa estar acompanhado pelo desejo de não praticar mais tal ato.
De que adiantará arrepender-se e voltar a agir da mesma maneira?
O erro repetido fere e enfraquece a credibilidade.
Você sabia que foi o meu e o seu pecado que pregaram Jesus Cristo naquela cruz?
Tendo ciência disso, o que tem feito a respeito?
O pecado destrói, fere, cega, rouba e aprisiona... por isso o arrependimento precisa transpor palavras e produzir transformação.
Ele deve gerar o desejo incontrolável de mudança de hábito, de vida, enfim de frutos.
“Se pois o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:36)
O pecado não deve fazer parte da rotina diária do cristão e sim ser um acidente de percurso.
Você foi alistado para uma batalha. Essa batalha é constante e precisa ser vencida diariamente. Todos os dias estarão diante de seus olhos duas opções:  fazer o que Deus ordenou e negar a si mesmo ou fazer as vontades da carne, a qual constantemente é inflamada pelo pecado.
Mas, lembre-se sempre que o verdadeiro arrependimento sempre estará acompanhado pelo desejo de mudança.
George Whitefield descreve um pouco a respeito em seu sermão “Arrependimento”.
Segue abaixo alguns trechos para meditação!

Não há nada na sepultura para onde vamos. Mas não tenham medo, pois é frequente Deus receber o maior peca­dor através dos méritos de Cristo Jesus. Isto aumenta as ri­quezas da sua graça generosa e deveria ser um incentivo a vocês, que são grandes e notórios pecadores, para que se arrependam, pois Ele terá misericórdia de vocês, se vocês se voltarem a Ele por Cristo.
O apóstolo Paulo foi eminente exemplo disso. Ele fala de si mesmo como o principal dos pecadores, e declara como Deus lhe mostrou misericórdia.
Mas como nenhuma palavra é tão sujeita a enganos quanto o arrependimento, em primeiro lugar desejo falar a respeito de sua natureza onde a disposição carnal e corrupta dos homens é mudada numa disposição renovada e santificada. O homem que de fato se arrependeu é verdadeiramente regenerado, há uma nova criatura forjada em seu coração. Se o arrependi­mento é verdadeiro, vocês são inteiramente renovados, na alma e no corpo, o entendimento é iluminado com o conhecimento de Deus e do Senhor Jesus Cristo, e a vontade, que era teimosa, obstinada e odiava todo o bem, é obediente e submissa à vontade de Deus. Quando vocês se voltam ao Senhor pelo arrependimento descrito no evangelho, então a vontade é mudada, a consciência agora endurecida e entorpecida é avivada e despertada, o coração duro é derretido e seus afetos incontroláveis são crucificados. Assim, por esse arrependimento, a alma é completamente mudada, vocês terão novas inclinações, novos desejos e novos hábitos.
Vocês verão o quanto somos vis por natureza — o que exige tão grande mudança a ser feita em nós, para que nos recuperemos desse estado de pecado —, e, por conseguinte, a consideração de que nosso estado terrível deveria nos fazer zelosos com Deus para mudarmos nossa condição, e que a mudança implica no verdadeiro arrependi­mento.
Vocês terão fé, ainda que agora a considerem loucura e fanatis­mo, vocês não terão vergonha da causa de Cristo.
A natureza desse arrependimento é fazer uma mudança, e a maior mudança que pode ser feita é na alma. Assim, portanto o arrependimento em sua natureza denota uma aversão a todo o mal e um abandono dele.
Agora prosseguirei, mostrando-lhes as partes do arrependimento e as causas que concorrem a ele.
As partes são: a tristeza e um abandono completo do pecado.
Nossa tristeza e pesar pelo pecado não surgem meramente de um medo da ira, pois se procedem do amor-próprio e não de um amor a Deus e se o amor a Deus não é o motivo principal do arrependimento, o seu arrependimento foi em vão e não deve ser reputado verdadeiro.
Não é a aproximação a Deus com lábios, enquanto o coração está longe dEle, que Ele considera. O arre­pendimento não vem aos empurrões, mas é um ato contínuo em nossa vida, pois assim como diariamente pecamos, também precisamos de um arrependimento diário diante de Deus para obter perdão pelos pecados que cometemos.
Não é apenas confessar-se pecador, mas entender que sua condição é triste e deplorável, portanto seu coração deve estar completamente afetado com isso para que se sintam criaturas perdidas, pois Cristo veio para salvar os que estão perdidos. Se vocês gemem sob o peso e fardo dos pecados, então Cristo os aliviará e lhes dará descanso.
Vão a Deus em ora­ção e sejam sinceros com Ele, que pelo seu Espírito Ele os convence­rá de sua condição miserável por natureza e os fará verdadeiramente sensatos. Humilhem-se, humilhem-se, rogo-lhes, por seus pecados! Tendo passado tantos anos pecando, o que vocês podem fazer me­nos do que preocupar-se em passar algumas horas lamentando e entristecendo-se pelo mesmo e serem humilhados diante de Deus?
Olhem para trás em sua vida, chamem à memória os pecados cometidos, tantos quantos possam; os pecados da mocidade como também os dos anos mais recentes. Vejam como vocês se afastaram do Pai gracioso e perambularam pelo caminho da maldade, no qual se perderam, como também ao favor de Deus, o consolo do seu Espírito e a paz de consciência. Então vão e implorem o perdão do Senhor, pelo sangue do Cordeiro, pelo mal que cometeram e pelo bem do qual se omitiram. Considerem igualmente a hediondez dos seus pecados; vejam com que circunstâncias tão agravantes os seus pecados são tratados, o quanto vocês abusaram da paciência de Deus, que deveria tê-los levado ao arrependimento; e quando descobrirem que seu coração está endurecido, implorem a Deus que o amoleça. Chorem vigorosamente diante dEle e Ele tirará o coração de pedra e lhes dará um coração de carne.
Tomem hoje a decisão de deixar todas as suas concupiscências e prazeres pecaminosos, renunciem, abandonem e abominem seu anti­go curso de vida pecadora, e sirvam a Deus em santidade e justiça pelo resto de suas vidas. 
Você tem de despir-se do velho homem, com suas ações, antes de vestir o novo homem em Cristo Jesus.
Se você chora e lamenta os pecados passados e não os abandona, seu arrependimento é em vão, você está escarnecendo de Deus e enganando a própria alma.
Vocês que eram xingadores e blasfemos, prostitu­tas e bêbedos, assaltantes e ladrões, vocês que até hoje seguem os prazeres pecaminosos e as diversões da vida, rogo-lhes, pelas misericórdias de Deus em Cristo Jesus, que não mais continuem assim, mas abandonem os caminhos maus e se voltem ao Senhor. Pois Ele espera para ser gracioso para com vocês, Ele está disposto a perdoá-los de todos os pecados.
Mas vocês precisam decidir-se contra o pecado, pois não há verdadeiro arrependimento sem a resolução de abandoná-lo. Decidam por Cristo.
Estejam determinados, pela graça, neste propósito, e já terão dado o pri­meiro passo em direção ao arrependimento, contudo, tomem cuidado para que suas resoluções não se baseiem em suas próprias forças, mas na força do Senhor Jesus Cristo. Ele é o caminho, a verdade e a vida, sem a SUA ajuda vocês nada podem fazer, mas SUA graça lhes fortalece e vocês serão capazes de fazer todas as coisas.
Quan­to mais tiverem consciência de sua própria fraqueza e incapaci­dade, mais pronto Cristo estará para os ajudar.
Mesmo aqueles que tenham sido tão maus e devassos, se abando­narem agora seus pecados e se voltarem ao Senhor Jesus Cristo, Ele os receberá e todos os seus pecados serão largamente perdoados. Por que vocês negligenciariam a grande obra de seu arrependimento? Não adiem essa ação um dia mais, porém hoje, agora mesmo, aceitem a Cristo, que lhes é oferecido livremente.
É Ele quem nos encoraja a buscar e a fazer a sua boa vontade.
Às vezes, os instrumentos são muito improváveis, um pobre e menosprezado ministro ou membro de Jesus Cristo pode, pelo poder de Deus, ser o instrumento nas suas mãos para levar você ao verda­deiro arrependimento evangélico. Talvez isso seja feito para mostrar que o poder não está nos homens, mas que é inteiramente devido à boa vontade de Deus.
Mostrarei as razões por que o arrependimento é necessário à salvação.
É necessário  que nos arrependamos, pois um Deus santo não admite e jamais admitirá na sua presença algo que seja profano. Este é o começo da graça na alma, tem que haver uma mudança no coração e na vida. Vocês não podem amar o pecado e Deus ao mesmo tempo.
Enquanto não estão arrependidos dos seus pecados, vocês estão em perigo de morte e se morrerem, perecerão para sempre.
E como sabemos que vamos viver mais? Não estamos seguros de ver nossas casas em segurança esta noite.
Quanto valem todos os seus prazeres e diversões? Eles duram apenas por um momento, não valem nada e são de curta permanên­cia.
Sua alma vale sua preo­cupação, pois se vocês podem desfrutar todos os prazeres e diversões da vida, na morte vocês têm de abandonar tudo pois ela porá um fim a todos os interesses mundanos.
Corroerá a sua própria alma o pensamento de que por tão insignificante interesse vocês perderam o bem-estar eterno.
Rogo-lhes que lancem fora suas transgressões, esforcem-se contra o pecado, vigiem contra ele e implorem o poder e a força de Cristo para sujeitar o poder das concupiscências que os incitam aos caminhos pecaminosos.
Não digam que seus pecados são muitos e muito grandes para esperar encontrar misericórdia. Sejam eles tantos ou tão grandes, o sangue do Senhor Jesus Cristo os limpará de todos. A graça de Deus, meus irmãos, é generosa, rica e soberana. Zaqueu tinha estado longe de Deus e saiu para ver Cristo, sem outro intento que satisfazer a curiosidade e, não obstante, Jesus o encontrou e levou salvação à sua casa.  Vocês foram blasfemadores e perseguidores dos santos e servos de Deus? Assim foi o apóstolo Paulo, contudo ele recebeu misericór­dia.
Lembrem-se do pobre publicano, de como ele achou favor em Deus, ao passo que o fariseu orgulhoso e presunçoso, inchado com sua própria justiça, foi rejeitado. E se vocês forem a Jesus como o pobre publicano fez, com um sentimento da indignidade própria, acharão favor como ele achou, há bastante virtude no sangue de Jesus para perdoar os maiores pecadores. Então não fiquem desa­nimados, mas busquem a Jesus, e vocês o acharão pronto a ajudar em toda a sua aflição, conduzi-los em toda a verdade, trazê-los da escuridão para a luz e do poder de Satanás a Deus.
O novo nascimento é o próprio começo de uma vida de paz e consolo e o maior deleite será encontrado nos caminhos da santidade.
Então com certeza vocês não deixarão que o Diabo os engane, é tudo o que ele quer e o que almeja: fazer a religião parecer melancólica, miserável e fanática. Deixem-no dizer o que quiser, não lhe deem ouvidos, não o considerem, porque ele sempre foi e sempre será mentiroso.
O amor que Deus me fez sentir é uma boia suficiente contra todas as tempestades e tormentas deste mundo turbulento, podem os ho­mens e demônios fazer o seu pior, eu me regozijo no Senhor Jesus, e sempre me regozijarei.
Deixem o Senhor Jesus entrar em suas vidas, e vocês encontrarão a paz que o mundo não pode dar e nem tirar.
Agora, meus irmãos, gostaria de dar uma palavra de exortação aos que entre vocês já foram levados ao Senhor Jesus, que já nasce­ram de novo, que já pertencem a Deus, a quem foi dado se arrepen­der de seus pecados e estão limpos da culpa: Sejam gratos a Deus por suas misericórdias. Admirem a graça de Deus e bendigam o seu nome para sempre!
Sejam gratos por esta misericórdia indizível, nunca se esqueçam de falar da misericórdia de Deus. E assim como outrora sua vida fora dedicada ao pecado e prazeres do mundo, que agora seja gasta completamente nos cami­nhos de Deus.  Abracem cada oportunidade de fazer e receber o bem. Qualquer oportunidade que tiverem, façam vigorosa e pronta­mente, não adiem. Ao ver alguém apressando-se para a destruição, usem o máximo dos seus esforços para detê-lo em seu curso. Mos­trem-lhe a necessidade de arrependimento, e que sem isso ele estará perdido para sempre. Não façam conta se ele os menosprezar, conti­nuem mostrando-lhe o perigo em que ele está. Se seus amigos zom­bam de vocês e os menosprezam, não deixem que o desanimem. Persistam, mantenham-se firmes até o fim, e assim vocês terão a co­roa que é imutável e não desvanece.
Deixem que o amor de Jesus por vocês os conservem humildes, não sejam orgulhosos, mantenham-se junto do Senhor, observem as regras que o Senhor Jesus Cristo deu em sua Palavra e não permitam que suas instruções se percam, as quais vocês são capazes de dar. Considerem que razão vocês têm para serem gratos ao Senhor Jesus Cristo por lhes dar o arrependimento do qual vocês necessitavam, um arrependimento que opera pelo amor.
A alegria que vocês sentem na alma — alegria que todos os homens deste mundo e todos os demônios do inferno, ainda que se unam, não podem destruir.
Então não temam a ira ou malícia deles, pois por muitas tribulações temos de entrar na glória.
Que o amor de Jesus esteja continuamente em seus pensamentos. Foi sua morte que lhes trouxe vida, sua crucificação que expiou seus pecados, sua morte, sepultamento e ressurreição completaram a obra e agora Ele está no céu a interceder por vocês à mão direita do Pai.
Ó, a altura, a profundida­de, o comprimento e a largura deste amor, que trouxe o Rei da glória do seu trono para morrer por nós, quando tínhamos agido tão cruel­mente contra Ele e merecíamos nada mais que a condenação eterna. Ele desceu e tomou em si nossa natureza, se fez carne e habitou entre nós, Ele morreu por nós e pagou nosso resgate. Com certeza isto deveria nos fazer amar o Senhor Jesus Cristo e regozijar-se NEIe, e não como muitos fazem e nós mesmos temos muitas vezes feito, crucificar este Jesus de novo. Vamos fazer tudo o que pudermos, meus queridos irmãos, para honrá-lo.
Rogo-lhes que orem fervorosamente pela graça do arrependimento.

Deus abençoe sua vida!

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