Todos
os dias Deus demonstra ao homem quanto o ama.
A cada oportunidade de poder fazer
diferente, em cada ensinamento, a cada novo amanhecer, o amor de Deus o envolve.
Você tem noção de quão grande e
imensurável é esse amor? Já experimentou a largura, profundidade e intensidade
dele?
Tente medir a largura do céu, ou
calcular quanta água tem no mar. Difícil não é mesmo?
O amor de Deus é assim, sem medidas...
Qual é o motivo de tanto amor?
Simplesmente porque a essência de Deus é amor.
ELE ama sem que você faça nada para ser
merecedor.
JESUS CRISTO, o unigênito Filho de Deus
é a maior prova do grande amor que ELE tem por você.
Deus lhe ofereceu o que tinha de melhor e
mais precioso por amor.
Você consegue lembrar do primeiro amor? Aquele momento em que Deus o chamou para perto DELE e você O amou pelo que ELE é e pelo que fez por você?
Você consegue lembrar do primeiro amor? Aquele momento em que Deus o chamou para perto DELE e você O amou pelo que ELE é e pelo que fez por você?
Lembre-se de como se sentiu e pergunte a
si mesmo o que tem feito para agradecer tanto amor?
Estive lendo um sermão de Charles
H.Spurgeon que fala um sobre isso. Seguem alguns trechos,
espero que o Espírito Santo fale poderosamente ao seu coração:
Amor
sem medidas - Sermão pregado em 7 de Junho de 1885 por Charles Haddon Spurgeon
no Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres
“É bom que todos nós regressemos,
ocasionalmente, ao nosso ponto de partida, de modo a nos assegurar que estamos
indo bem pelo caminho eterno. É mais provável que o amor de nossos cônjuges
continue se, uma e outra vez, retornamos ao ponto onde Deus começou conosco e
onde nós começamos com Deus pela primeira vez.
É
bom que venhamos a Ele outra vez, como viemos naquele primeiro dia quando,
desvalidos, necessitados, carregados, estivemos chorando ao pé da cruz, e
deixamos nossa carga junto a Seus pés traspassados. Ali aprendemos a olhar, a
viver e a amar; e ali queremos repetir a lição até que possamos nos apresentar
de maneira perfeita na glória.
De
onde veio esse amor? Não de nada externo ao próprio Deus. O amor de Deus surge
dEle mesmo. Ele ama porque fazê-lo é a Sua natureza. “Deus é amor”. Conforme mencionei, nada sobre a
face da terra pode ter merecido o Seu amor. Ao contrário, havia muito que
merecia Seu desagrado. Esta corrente de amor flui de Sua própria fonte secreta
na Deidade eterna, e não deve nada a nenhuma chuva procedente da terra, nem a
nenhum riacho; brota de debaixo do trono eterno, e se abastece das fontes do
infinito. Deus amou porque Ele quis amar. Quando nos perguntamos por que Deus
amou esse ou aquele homem, temos que regressar à resposta de nosso Salvador a
essa pergunta: “Sim, Pai, porque assim lhe
agradou”
Deus tem tal amor em Sua natureza que
precisa deixá-lo fluir em direção a um mundo que está perecendo por causa de
seu próprio pecado voluntário. E quando fluiu era tão profundo, tão largo, tão
forte, que nem sequer a inspiração podia calcular sua medida e, portanto, o
Espírito Santo nos deu essas grandiosas
palavras, DE TAL MANEIRA, deixando que intentemos medi-lo, conforme vamos
percebendo mais e mais esse amor divino.
O
fundo negro do pecado faz ressaltar muito mais claramente o fulgor da linha do
amor. Quando o relâmpago escreve com dedos de fogo o nome do Senhor na amplidão
da escura face da tempestade, nos achamos forçados a vê-Lo; assim também quando
o amor inscreve a cruz sobre as negras tábuas de nosso pecado, ainda os olhos
que não podem ver estão obrigados a ver que “Nisto
consiste o amor.”
Existem cinco considerações a respeito
desse amor:
A
primeira consideração é o DOM: “Porque Deus amou o mundo de
tal maneira, que
deu o Seu Filho unigênito.” ( João 3:16) Os
homens que amam muito estão prontos a dar muito, e usualmente podem medir a
verdade deste amor através de seus sacrifícios e renúncias. Esse amor que não
guarda nada para si, mas se esgota em ajudar e abençoar o seu objeto, e o
verdadeiro amor, e não apenas um amor de nome. O pouco amor se esquece de
trazer água para lavar os pés, mas o grande amor quebra o vaso de alabastro e
derrama seu valioso perfume.
Gostaria de convidá-los a pensar na
sagrada Pessoa que foi dada pelo Pai para demonstrar Seu amor para com os
homens. Tratava-se do Seu unigênito Filho: Seu Filho amado, em quem tinha Sua
complacência.
Nenhum
de nós teve um filho assim para dá-lo. Nossos filhos são filhos de homens; O
dEle era Filho de Deus. O Pai deu parte de Si mesmo, Ele que era Um com Ele.
Quando o grandioso Deus deu a Seu Filho estava dando a Si próprio, pois Jesus,
em sua natureza eterna não é menos que Deus. Quando Deus deu a Deus por nossa
causa, estava se dando a Si mesmo. Quem pode medir este amor?
Vocês
que são pais, julguem o quanto amam a seus filhos: poderiam entregá-los à morte
por causa de seus inimigos? Vocês que têm um filho único, julguem quão
entrelaçados estão seus corações ao seu primogênito, ao seu unigênito filho.
Deus “amou
o mundo de tal maneira, que deu” e ainda dá “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha vida eterna”.( João 3:16) O Senhor está entregando a
Cristo no dia de hoje. Oh, que milhares de vocês aceitem com alegria o dom
indizível! Alguém o rejeitará?
Em segundo lugar, observemos neste
momento, e penso que posso dizer que o fazemos com igual admiração, o amor de
Deus NO PLANO DE SALVAÇÃO. Ele o expressou assim:
“para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha vida eterna.” O
caminho da salvação é extremamente simples de entender, e extremamente fácil de
praticar, tão logo o coração seja levado a querer e a obedecer.
O
que significa crer em Jesus?
É,
em primeiro lugar, que vocês concordem firmemente e de coração com esta
verdade: que Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, para que se pusesse no
lugar dos homens culpados, e que Deus derramou nEle todas as nossas
iniquidades, para que Ele recebesse o castigo merecido por nossas
transgressões, havendo sido feito maldição por nossa causa. Devemos crer de
todo coração na Escritura que diz: “o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por suas pisaduras fomos
sarados.” (Isaías 53:5)
Peço-lhes que concordem com a grandiosa
doutrina da substituição, que é a medula do Evangelho. Oh, que o Espírito Santo
os leve a entender de todo coração essa doutrina de imediato; pois sendo tão
maravilhosa, é o fato que Deus estava reconciliando o mundo Consigo mesmo em
Cristo, não lhes imputando seus pecados.
Vejam
então o amor de Deus ao colocar isto em termos tão simples e tão fáceis. Oh,
tu, pecador, que estás quebrantado, esmagado e sem esperança, tu não podes
fazer nada, porém, por acaso não pode crer nisso que é verdade? Não pode
suspirar; gritar; derreter seu coração de pedra e crer que Jesus morreu por ti,
e que Ele pode mudar teu coração e converter-te em uma nova criatura? Se tu
podes crer nisto, então confia que Jesus o fará, e serás salvo; pois quem crê
nEle é justificado. “para que todo aquele que
nele crê tenha vida eterna.” És um homem salvo. Seus pecados
são perdoados. Podes ir-te em paz, e não pecar mais.
Em terceiro lugar, o amor de Deus brilha
com um brilho transcendente, quer dizer, nas PESSOAS PARA QUAIS ESTE PLANO ESTÁ
DISPONÍVEL.
Agora,
em quarto lugar, se pode ver outro raio de amor divino na bênção enunciada
aqui, ou seja, NA LIBERAÇÃO que está implicada nas palavras, “todo aquele que nele crê, não pereça”.
“Todo aquele que nele crê, não
pereça”.
Terá uma vida que não pode morrer, uma justificação que não pode ser discutida,
uma aceitação que não cessará nunca.
O que é perecer? É perder toda esperança
em Cristo, toda confiança em Deus, toda luz na vida, toda paz na morte, todo
gozo, toda bênção, toda união com Deus. Isto nunca te passará a ti, se tu crês
em Cristo.
“As
minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as e elas me seguem; e dou-lhes
a vida eterna; e nunca hão de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu
Pai que mas deu, é maior do que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão de
meu Pai”. (João 10:27)
A última mostra de Seu amor é
apresentada de maneira positiva: NA
POSSE.
Nesse
mesmo momento em que tu te lanças sobre Cristo, Cristo vem a ti na Palavra viva
e incorruptível que vive e permanece para sempre. Ainda que somente uma gota da
água celestial de vida caia em teu coração, lembra isto: são palavras
pronunciadas por Quem não pode mentir: “A
água que eu darei será nele uma fonte de água que salta para a vida eterna.” (João 4:14)
Eu me dei conta que a luta se torna cada
vez mais intensa pois a cada vitória sobre o pecado, se revela outro exército
de tendências ao mal, e que nunca posso embainhar minha espada, nem deixar de
orar ou de vigiar.
Não
posso avançar nem um centímetro no caminho sem orar por isso, nem manter o
centímetro ganho sem estar vigilante e manter-me firme. Unicamente a graça pode
preservar-me e aperfeiçoar-me.
Tenha
algo sempre em mente:
Não és um homem salvo a menos que Cristo
tenha te salvado para sempre.”
Deus abençoe sua vida!
Traduzido
do espanhol, do sermão “Amor Sin Medida”, traduzido por Allan Román, com
autorização deste para português pelo Projeto
Sermão
pregado em 7 de Junho de 1885 por Charles Haddon Spurgeon
No
Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres
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